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Conselho debate sobre o ensino da Matemática


           

           Nesta quinta-feira, 22, a programação do Jubileu de Ouro do Conselho Estadual de Educação  promoveu a mesa redonda com  o  tema “O que fazer para melhorar o ensino da Matemática no Pará?”. A iniciativa do Conselho é estimular o debate permanente em torno da melhoria da educação. O evento pretende iniciar a discussão com os coordenadores da disciplina das instituições públicas e privadas para posteriormente, organizar um seminário mais amplo para aprofundar o debate.

        A mesa redonda contou com a participação dos professores Manoel Silvino Araújo- diretor da Faculdade de Matemática/UFPA e Tadeu Oliver- Diretor Adjunto do Instituto de Educação Matemática e Científica/UFPA, tendo como mediadores, os professores Manoel Leite e Roberto Ferraz, conselheiros do CEE/PA.

         Durante a abertura a presidente do CEE, profª Suely Menezes agradeceu a participação dos coordenadores do curso de Matemática da Ufpa, Unama, Faci, Ipiranga e demais presentes.

            O prof. Tadeu Oliver elogiou o professor e conselheiro Manoel Leite pelo esforço e dedicação em prol do ensino da Matemática. E defendeu que é necessário mais ação. “Estamos cheios de pesquisas e diagnósticos; precisamos partir para a ação, como disse a profª Suely.”

             Em seguida o prof. Manoel Silvino fez sua exposição pontuando que nos últimos 10 anos, a UFPa já formou cerca de 1450 professores de matemática, mas que a evasão e retenção ainda é expressiva. “Dos 100 alunos que entram na faculdade, 45 ficam pelo caminho”. E isso segundo ele é pela deficiência de aprendizagem que começa na educação básica.

        Para o prof. Miguel Chaquiam, coordenador da Unama é preciso “que utilizemos mecanismos mais eficientes para que resultados concretos cheguem nas salas de aula”.

  Investimentos- Investir na formação e na melhoria da estrutura das escolas foram alguns aspectos pontuados pelo secretário de Ensino da Seduc, prof. Luiz Acácio. Ele citou vários investimentos que a secretaria está fazendo visando a amelhoria do ensino em todo o Estado. “É preciso um grande pacto envolvendo o Estado, a família e a sociedade”, defendeu.

          O coordenador de ensino Médio e Profissionalizante da Seduc, Licurgo Brito também defendeu o diálogo entre as Instituições de Ensino Superior- IES e as redes básicas de ensino. Sugeriu ampliar o debate para que os professores formadores das universidades e os professores que estão nas escolas troquem experiências. Citou que a Seduc está implementando o centro de formação no prédio do antigo IEP, que vai ajudar na formação de professores de todo o Estado.

     Presente na palestra, o coordenador estadual das Olimpíadas da Matemática , José Augusto Fernandes falou que o estado do Pará é o 7º, em nível de participantes no certame nacional, de um universo de 800 mil inscritos em todo o Brasil , mas que ainda é preciso mais incentivos para participação. Comunicou que a entrega da premiação será feita nesta sexta-feira, 23, no Instituto de Ciências Matemáticas, da UFPA.

          Para o prof. Manoel Leite a educação precisa ser vista como um todo, independente de ser pública ou privada. Falou da felicidade com a realização do encontro e solicitou que o debate permaneça em outros momentos, de forma mais aprofundada, com um público maior.

          O prof. Roberto Barreto falou que a questão da melhoria passa pela vontade política e sugeriu que a Seduc, enquanto órgão governamental faça pressão junto as universidades para que mude as diretrizes curriculares e de gerência quanto às formas de acesso ao nível superior. “Não podemos esperar que só as universidades digam como as escolas de ensino básico devam se comportar com relação a essas questões.”

            Ao final, a professora Suely Menezes agradeceu a presença de todos e disse que o Conselho se sente honrado em estimular um debate tão significativo. Apontou como proposta que seja encaminhado ainda na segunda quinzena de fevereiro, uma grande jornada para a melhoria do ensino da matemática, onde todas as instituições presentes possam apresentar projetos e iniciativas inovadoras nessa área do conhecimento, além de estabelecer metas com assinaturas de convênios de cooperação técnica entre as instituições, visando melhorar o processo ensino-aprendizagem da Matemática no Estado.

 

Texto:Tereza Vasconcelos

Fotos:Allan Pantoja

 

 

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